Referencial Teórico
Ser psicólogo não é um ofício que se aprende sozinho, e nem só nos livros. Além do estudo e do contato com colegas e professores, é importante olhar as mudanças no mundo que afetam a vida dos pacientes.
Com essas bases fiz minha formação no melhor curso de Psicologia do país (UFMG), e estou em aprimoramento contínuo na Escola de Psicanálise Travessias (@travessias.psicanalise). Assim aplico a psicanálise com atenção aos problemas do dia a dia.
O meu método se estrutura pela investigação dos ambientes (pessoas, lugares, etc.) que estavam ali durante o desenvolvimento do sujeito. Isso nos informa sobre a capacidade que temos para explorar a realidade e sermos criativos diante de desafios. No olhar de Donald Winnicott, podemos pensar sobre as "máscaras" que vestimos para agradar, e sobre a dificuldade de ser espontâneo e conviver com a própria solidão.
Isso fica mais interessante quando pensamos que além das influências do ambiente, o indivíduo tem a possibilidade de reagir de muitas formas diferentes. Pela teoria de Melanie Klein é possível entender as emoções que surgem nas relações humanas, como inveja e medo de abandono. Podemos avançar na compreensão da realidade com menos conflitos mal resolvidos, e caminhar na direção dos sentimentos de reparação e gratidão.
Por fim, Sándor Ferenczi e Jean LaPlanche são indispensáveis para pensar as dinâmicas entre pais e filhos, entre o adulto e a criança. Mais importante ainda, eles ampliam nosso entendimento da comunicação e dos processos de identificação.
Abrir espaço para diferentes autores e escolas teóricas não significa que a cada sessão o psicólogo poderá escolher uma técnica nova para testar. Essa abertura teórica reconhece que a flexibilidade na escuta e interpretação é essencial diante das infinitas possibilidades de experiência humana.